Sonho

Ouço a tua bela voz
A sua doçura e meiguice
Encantam os sentidos
Marcam o pensamento
 
Aproveito o momento
E fixo o tempo
Mergulhei no isolamento
Das tuas palavras
 
Graças a memória
Ganhei o conhecimento
Daquele local
Como aquela equação
 
Onde mistura
Números e letras
Sem querer achei
A formula da vida
 
Depois de tantas tentativas
Em vão, faz-se luz
Consigo ver
Agora sim
 
Vamos evoluir
A favor da mudança
Vamos trabalhar
Para o futuro melhorar
 
Deixar este mundo
Melhor do que estava
E no fim, vamos aproveitar
Para o sonho, realizar….

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Desculpa

Não me faças pensar
Não sei como isto vai acabar
Deixa-me respirar
Gosto de estar livre
 
Mas não triste
Será que viste?
O momento em que riamos
O momento em que não parávamos
 
A solidão tornou-se nossa amiga
Depois de tantos conflitos
Separou-se a união
No meio da confusão
 
Ficou amiga da solidão
E foi-se embora a alegria
Esperávamos tanto dela
Convidamos a felicidade
 
Declinou o convite
Muito gentilmente
Despediu-se de nós
E agora?
 
Chegou a guerra
Sem pedir licença
Trouxe a bela da desconfiança
Instalou-se a incerteza
 
Depois vem a magoa
Posso trazer a desculpa?
Ela pode ajudar?
Diz-me que pode
 
Tenta compreender
A frustração é imensa
Não consigo ser sempre tão forte
Não é assim que quero terminar….

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Preto & Branco

Duas cores existentes

Nesse teu mundo

Para ti o ideal era o cinzento

Impossível

 

Se vivemos no branco e preto

O que esperas

Vai para a cor escolhida

Esconde-te, envolve-te nela

 

Esse teu mundo

Não tem compressão

As cores, preto e branco

Fazem confusão ao meu meio

 

Ninguém vive de duas cores

Quando existem milhões

Num lugar onde só me resta fazer

A pintura do teu retrato

 

Será a preto e branco

Ou posso colocar mais cores

Irei colocar imenso amor

Sentir o teu corpo

 

Como montanhas e vales

Fonte de inspiração

Momento de clarividência

Onde balanço ao som da música

 

Aproveito para a escrita

Recordo a tua voz

E sigo aquela balada

Coloca as lágrimas nos olhos

 

E segue a cruzada

Entre o certo e o errado

O bom e o mal

És tu a minha princesa janada

 

 

 

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Oportunidade

Talvez me possas explicar

O sentido da equação

Entre a chuva e o luar

Onde é que vamos ficar

 

Num deserto ou oásis

Não há regra no olhar

Matuto nos momentos vazios

Onde me preenches a alma

 

O pensamento, o momento

Não há a quem agradar

Seja grego ou troiano

Um memorando ou testamento

 

Que vazio sem solução

Como consegues viver

Assim tão incompleta

Com um vazio no pensamento

 

Igual ao do sentimento

Tão vago como o templo

Onde se admira e reza-se

Por uma vida ou oportunidade

 

De amor ou casamento

Família e alegria

Tristezas e obstáculos

Algo que nos fará mudar

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Ilusão

Faz o que eu digo

E não o que eu faço

Não te leves por meras palavras

Mas sim há luz do pensamento

 

Cheia de mentiras

O que queres de mim?

Brincar, rir ou encantar

Isto já deu o que tinha a dar

 

Dura realidade

Cheia de dificuldades

Foste apenas mais uma

Para ensinar

 

Que nesta vida

Os sonhos não existem

Apenas quando dormimos

Ages de forma inconstante

 

Sou eu que estou errado

Talvez por ter acredito em ti

Quando no fim nada é real

Sendo uma mentira o que vivi

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Carnal

Bonita e simpática

Desejosa e afável

Pronta a possuir

Ansiosa no olhar

 

Vontade não me falta

Só tu para me tentares

Encostas-me contra a parede

Com os lábios vermelhos

 

Começo a transpirar

O coração bate mais forte

Estou pronto para avançar

Tocar-te, sentir-te e beijar-te

 

Começo a sentir

As formas do teu corpo

Como puros tesouros

Prestes a encontrar

 

Desfruto do teu sabor

Que belo paladar

Agarras-me no corpo

Será imortal?

 

Resgatas-me a alma

Encontramo-nos os dois

Num só momento

Num só ser

 

Naquele prazer

Que nos faz explodir

Orgasmos fulminantes

Prontos a saborear

 

 

 

 

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Realidade

Há coisas que não mudam

São destinadas a ser

Por que a frustração

Tende a comparecer

 

Não há nada que faça esquecer

Que raiva, má sorte

Não podes desaparecer?

Só quero ser normal

 

E não ter nada a temer

Viver o dia-a-dia

Sem surpresas desagradáveis

Que esmordecem a certeza

 

Envolvendo o meu ser

Preso às raízes

Da crua realidade

Enterrando a minha alma

 

Num abismo profundo

Onde não há cordas nem correntes

Apenas sementes

De raiva moribunda

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Dor

 

Pode ser suportável

Ou nem por isso

Causadora de mau estar

Ou muito prazer

 

Não existe distinção

Entre quem a recebe

E quem a dá

Pode ser eterna

 

Ou momentânea

O que fazer?

Ela não vai embora

Aperta com força

 

Junto ao teu peito

Onde mais magoa

Numa falta de respeito

Onde se perde a noção

 

Do céu e da terra

Por onde andamos

Ou divagamos

Há quem a ignore

 

Ajuda a enfrentar

O desafio que nos coloca

Que nos faz questionar

Aquele maldito andar

 

Que nos assombra

E faz chorar…

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Tentativa

Tento sem parar

Sem cuidar

Sem preocupar

O que vale?

 

Não sei, diz-me tu

Começou a chover

E não ouço a tua voz

Sinto-me sozinho

 

Acho que não gostas de mim

Porque me fazes sofrer?

Ou nunca gostaste?

Não respondes?

 

Quem cala consente

Segundo consta o ditado

Ages racionalmente

O pecado consta na tua consciência

 

O que é que eu posso dizer

Ou até mesmo fazer

Não consigo viver com “achos”

Quem é que consegue?

 

Não percebo

Farto de tentar

E não te sabes explicar

Não sei confiar

 

E não paro de duvidar

E sabes porquê?

Sabes, não sabes?

Porque não paro de tentar…

 

 

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Amor

Algo incondicional

Perdes o pensamento

Ages por impulso

E para o bem-estar

 

Aparece quando menos esperamos

Não o planeamos

Apenas o desejamos

De todas as formas

 

A mais comum é entre dois

Olhar-te nos olhos

É saber o que estás a pensar

Olhar-te nos olhos

 

E fazer-te desejar

Partilhar caminhos e sonhos

Tristezas e alegrias

Prazer e sofrimento

 

Algo para durar

Porque eu Amo-te

E quando assim é

É eterno

 

Nada me fará parar

Não desistir de lutar

Posso morrer a tentar

Podes não acreditar

 

E quando vou parar?

Eu só paro até te conquistar….

 

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