Alegria

É contagiante

Milagrosa e benfeitora

O começo de algo novo

Começa na amizade

 

Acaba no amor

Percorre a vida

Em busca das pessoas

Que a possam levar

 

E não a critiquem

Pois não interessa o resto

Contigo posso contar

Falar de tudo um pouco

 

Me confessar

Temos confiança

Não me vais falhar

Como é bom

 

Vamos viver juntos

Até acabares

Ou então eu morrer

Não espero por isso

 

Pois sei o que quero

E o que é que eu quero?

É simples!

É contigo estar…

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O Menino, o vento e o mar

Existe um menino

Perdido no horizonte

A ver o vento e o mar

Parou no cimo da pedra

 

Viu os pássaros a migrar

O vento a passar

E o mar a aproximar-se

Bela visão

 

Será uma ilusão

Miragem do menino

Que acordou a chorar

Pesadelo que o persegue

 

Todas as noites

Não há pensamento

Que o faça mudar

Perseguido todas as noites

 

Pela mesma história

Que parece eterna

Quando o menino dorme

Ele só quer acordar

 

Seguir um bom rumo

E acabar com os pesadelos

Do tempo passado

Que não o deixam acordar

 

Do pesadelo

Que só o faz chorar….

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A Menina Dança

Quando me convidas

Eu aceito

Naquele passo

Dançamos juntos

 

Ao belo som

Da guitarra e violino

Concentramos o olhar

No nosso par

 

Só nós dois

Não interessa o pensamento

Dos demais

Estás pronta?

 

Vamos começar

Não tenhas receio

Não vai custar

Segura firme

 

E deixa-me comandar

O teu perfume é tão belo

Nunca vi nada como a tua pele

Que amacia a cada toque

 

Estás a gostar?

Não gostas que te toque no cabelo

Nem de muitos afectos

O que estás a dizer?

 

Concentra-te, não podemos parar

Não se deixa nada a meio

Muito menos o nosso andar

Sente a emoção

 

Juntamente com as notas musicais

Deixa-te levar

Ficas sem fôlego

Só no primeiro round

 

Tem calma

Ainda agora estamos a começar…

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Quando a alma não é pequena

Por entre passos

Aproximas a alma

Crescendo aos poucos

No meio da selva

 

Repete os passos

Vai crescendo

Apenas vejo

O teu toque

 

O teu cheiro

Sabor imenso

Que devaneio

Ouço os ponteiros

 

Do teu relógio

Marca a hora

E o teu compasso

Por entre linhas

 

Mostras a alma

Fugitiva na carne

Esconde-se no corpo

Surge no instinto

 

É hora de acordar

Desvendar o que lá está

Para sossegar o que nasceu

A esperança renasce

 

Que belo luar

Cheio de cometas

Rasgam o estrelar

Para a alma entrar…

 

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Despedida (Até sempre)

Findou o momento

E assim pelo pensamento

Revejo a tua sombra

Movendo para longe

 

O capítulo final

Chegou perante o lugar

Onde observo o tempo

Cinzento ou negro

 

Que marcou a despedida

O testamento feito

As palavras ditas

E fez anoitecer

 

Lágrimas correm-te o rosto

Sacrifício feito

Contra a vontade

Mas assim foi feito

 

Só me resta a despedida

E um até sempre…

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Destino

Parece maldição
Que me persegue
Ou corta
No meio onde sou
 
Forasteiro ou estrangeiro
Sozinho à tua espera
Suspiro na minha rua
Será que me viste?
 
Mas que desequilibrado
Fico doido com a indecisão
Não há rumo não há mar
Espero pelo cantar
 
Amarras de vento
Prendem no fundo
Felicidade que foge
Ocasião perdida
 
Interrupções escritas
Maldições perdidas
Acabam em oportunidades
Já não sei o que achar
 
Espero por ti ao pelo vento
Esperas por mim ou pelo mar
O nevoeiro impede a visão
Não vês?
 
Tem tudo para resultar
Deixa o barco encostar
Para partirmos
Os dois ou os três…

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Raiva

Pior do que cólera
Causada por alguém
Saturado de acontecimentos
Estúpidos por natureza
 
Acaba-se com o sentido
Da ordem natural
Mas porquê?
Fico furioso
 
Farto de questionar
Estes momentos
Ridículos, sem sentido
Apetece-me explodir
 
Vou ferir alguém
Que raiva me dá
Não quero viver isto
Mas que dilema
 
Obrigado a conviver
Com estas pessoas
Vejo-as como animais
Irracionais por natureza
 
Apetece-me levar tudo à frente
Farto desta gente
Perde-se a paciência
Esgota as energias
 
Não é de admirar
Desperdício de acções
Num tempo perdido
Onde só me resta
 
O meu bom senso
Não o julgamento
Talvez use o pensamento
Para recuperar

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Paixão

Não é amor
Nem solidão
Vejo-o como desejo ardente
Cheio de si mesmo
 
Não conseguimos controlar
É melhor deixar de pensar
Despertado por um toque
Ou simples olhar
 
Remexe com os sentimentos
Somos possuídos
Por algo infernal
Esquenta o coração
 
Abre a porta à emoção
Ficamos num turbilhão
Com o teu toque, quero estar
Deixar-me levar
 
Pela certeza do teu beijo
Pela firmeza do teu abraço
Pela inocência do teu sorriso
Quebram-se barreiras
 
Impostas pelo senso comum
O mundo desaparece
Podes guiar
Para o inferno ou céu
 
Por mim tanto me faz
Mas não pares agora
Pois estou a gostar
Estarei a delirar
 
Se for, é pelo prazer
Causado por ti
Como é bom ter-te
Neste momento, neste lugar

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Política

É algo fascinante
Desperta curiosidade
No meio de tanta mentira e intriga
Vivem todos em fraternidade
 
Jogam com eleições
Vivem do povo
Representam a verdade
Dúbia por natureza
 
Não me revejo em nenhum
Só em pequenas partes
Parecem um circo
Contratados para animar
 
A população julga
Conforme os interesses
Disputados em assembleia
Não do povo, mas dos partidos
 
Jogos de interesses
Favorecendo os mais poderosos
Onde existe um sistema
Podre e corrupto
 
Dá vontade de rir
De tão ridículo que é
Mas quem sou eu para julgar
Se lá ficasse
 
Seria mais um
Igual a tantos outros
Que pensaram da mesma forma
Mas que no fim, se deixaram levar

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Passado

Algo que trazemos sempre
Mesmo que não o vejamos
Encontra-se sempre connosco
Dizem que fica lá atrás
 
É que o caminho fica para a frente
Talvez tenham razão
Deixo cair a semente
Na esperança do amanhã
 
Embora o ontem já não faça parte
Estará sempre presente
Se parar de pensar
O Caminho ficará mais curto
 
O pensamento liga ao passado
Não vejo outro elo
As pessoas fazem parte do presente
São escolhas que fazemos
 
Moram no passado
Passeiam no presente
E morrem no futuro
Gostava de voltar ao passado
 
Não para o corrigir
Voltar a cometer os meus erros
Desfrutar dos momentos
Saborear os elementos
 
Que me fizeram ser
O Homem que sou
Por ti nada mais serei
A não ser, algo que passou…

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